Apontamentos Gesso

Gesso

Quimicamente, é composto por sulfato de cálcio anidro, obtido pela calcinação do sulfato de cálcio hidratado que se encontra na natureza sob a forma de minerais.

O pó é obtido pela cozedura do mineral a uma temperatura entre os 100 o e os 200 o; em seguida, o contacto com a água inverte o processo, devolvendo este pó à sua estrutura original, com emanação de calor.

Temperaturas de cozedura diferentes, diferentes qualidades de mineral e granulometrias do produto cozido e triturado dão lugar ao gesso e à escaiola.

O gesso é de cor cinzenta clara.

Tem um grão heterogéneo e uma presa rápida, reduzida a poucos minutos. O gesso em pó absorve a humidade se focar exposto ao ar, perdendo as suas características; é por isso que deve ser utilizado num lapso de tempo breve, e ainda conservado em recipientes herméticos para ser aumentada a sua duração.

Na preparação do gesso é desaconselhável a utilização de ferramentas em ferro, sujeitas à presença da ferrugem, a qual permanece sobre o gesso produzindo manchas superficiais; além disso, a higroscopicidade do gesso favorece a oxidação dos ferros colocados como armadura.

Normalmente, na preparação do gesso, a quantidade de água e a quantidade de pó é a mesma, mas esta percentagem pode variar conforme a utilização que se vai fazer – uma argamassa para uma parede deve ser rica em água, para compensar aquela que é absorvida pelo paramento e para retardar o processo de presa.

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Aumentado-a ainda mais, obter-se-á uma massa própria para se rebocar os tectos e modelar as sancas. Se se reduzir ainda a quantidade de pó (na proporção de 1 para 2) obtém-se um material adaptado à preparação de moldados em gesso.

O excesso de água provoca, no entanto, uma perda parcial das propriedades físicas do material.

Um fenómeno que se verifica durante a presa e que deve ser considerado, é o aumento do volume em cerca de 1%, tanto que nos moldados de grandes dimensões é normal verificarem-se vazios.

É perigoso encherem-se grandes cavidades com gesso líquido, porque se pode produzir um efeito de “macaco” sobre toda a superfície envolvente, o qual pode levar à rotura até de materiais muito sólidos.

Neste caso consegue-se anular o aumento de volume misturando na amassadura cerca da mesma quantidade de poliestireno em grão.

A utilização do ferro em combinação com o gesso, pelos motivos anteriormente descritos, deve ser limitada aos elementos provisórios que irão ser demolidos, tais como selos, formas, protecções, etc.; nunca deve ser utilizado em restauros, onde é preferível substitui-lo por aço inoxidável e, onde não for possível, por latão.