O restauro dos monumentos, entendido como consolidação e conservação, é um conceito totalmente moderno que exige não só um interesse pelo objecto a ser restaurado, mas também um elevado grau de maturidade histórico-artística.
Antes do século XVIII, o restauro dos monumentos tinha sobretudo um carácter prático e contingente: de facto, isto era ditado por um interesse pelo que o monumento representava ou tinha em vista reparações e modificações introduzidas nos edifícios consequentes de novas exigências de utilização.
Faltava, de qualquer forma, a consciência sobre a obra de arte em si, enquanto obra de arte.
Para se atribuir valor artístico a um objecto é necessário que ele seja produto de um artista, o qual geralmente assina a obra consagrando a sua autenticidade.
Um tal indicação conseguiu, no passado, tornar facilmente reconhecível a obra de arte, quando se tratava de um quadro ou de uma escultura.
Pelo contrário, reconhecer-se o valor artístico de um edifÌcio pela autenticação feita pelo autor nem sempre foi assim tão simples, já que o produto arquitectónica era o resultado de uma ideia do génio artístico e de uma execução material realizada por uma mão-de-obra anónima.