Foi avaliada uma larga variedade de métodos de limpeza da pedra, químicos e físicos, em painéis de ensaios, localizados em diversos sítios ao redor de Aberdeen.
Foram medidos as cores e a luminosidades das fachadas com um medidor cromático. Embora essas variações possam ser rigorosamente medidas, não é necessariamente certo que as variações mais subtis possam ser detectadas a olho nu.
As variações mensuráveis que não são detectáveis numa fachada de um edifício, não são importantes na prática, em termos dos benefícios da limpeza da pedra.
Em experiências com amostras de granito limpas, 100% das pessoas foram capazes de distinguir as variações de luminosidade superiores a 3 ou 4%, e muitos foram capazes de distinguir algumas variações ainda menores.
É natural que compararem-se as diferenças de luminosidade em superfícies pequenas seja uma tarefa mais difícil do que fazer-se a mesma comparação nas superfícies maiores adjacentes aos painéis de ensaio, ou nos próprias edifícios.
De facto, nos ensaios de campo reparou-se que havia uma diferença assinalável de luminosidade na linha de separação nítida entre dois painéis de ensaio, onde a medição da variação média da luminosidade entre estes dois painéis fosse menor do que 0,5%.
É natural que as variações de luminosidade abaixo dos 0,5%, em áreas adjacentes, sejam detectáveis pela vista, especialmente nas superfícies de pedra relativamente lisas.
Isto tem implicações importantes sobre a limpeza dos edifícios, ou de terraços adjacentes, já que vem enfatizar o cuidado que tem que ser tomado quando é efectuada uma limpeza, se for pretendido evitarem-se variações de tonalidade em alvenarias cuja aparência se pretende que seja homogénea.
Quando as fachadas não são imediatamente adjacentes, ou quando existe alguma quebra na fachada que separe as áreas de alvenaria limpas, o nível a que as variações conseguem ser detectadas é muito mais elevado.
A análise de cor nos painéis de ensaio indicou que quer o jacto de água, quer os detergentes, não têm qualquer efeito visual de limpeza sobre o granito sujo.
A lavagem por jacto de água e detergente só foram eficazes na remoção das algas e dos detritos superficiais soltos.
Entre os métodos de limpeza física ensaiados, alguns foram mais eficazes do que outros, apesar de os danos mais visíveis dos métodos mais agressivos terem aparecido, frequentemente, na superfície do granito e da argamassa, ficando o granito, depois da limpeza, parecendo um pouco riscado ou arranhado e a sua superfície com uma aparência bastante baça.
Na argamassa, geralmente, os grãos de maior dimensão tinham sido arrancados deixando a superfície assinalavelmente picotada.
Os métodos de limpeza física menos agressivos e os métodos que usavam inertes mais brandos conseguiam, em geral, remover a maior parte da sujidade do granito com menos danos para a superfície do que os métodos mais agressivos.
Em certos casos, os métodos de projecção abrasiva por via húmida deixaram quantidades apreciáveis de sujidade residual na superfície.
Todos os métodos de limpeza química ensaiados foram capazes de remover a sujidade do granito e da argamassa, com a excepção dos pontos onde essa sujidade era particularmnete pesada ou onde estavam presentes crostas duras.
Geralmente, descobriu-se que os métodos de limpeza química usando um pré tratamento alcalino seguido por um produto de limpeza ácido não eram mais eficazes do que se fosse usado apenas o tratamento ácido.
Também foi possível reduzirem-se os tempos de acção dos ácidos sobre as superfícies de granito relativamente aos que eram recomendados pelos fabricantes sem qualquer redução na quantidade de sujidade removida.
Não houve qualquer evidência de descoloração ou de formação de manchas que podessem ser atribuídos a qualquer dos métodos de limpeza química.
A sujidade existente sobre as superfícies de granito, antes da limpeza, variava de amostra para amostra. Nalguns casos, a espessa camada de sujidade consistia principalmente em detritos orgânicos e fragmentos minerais em conjunto com hidrocarbonetos e com produtos da combustão, com muito pouco sulfato.
A maior parte do cálcio e do enxofre estava, provavelmente, sob a forma de gesso. Os cloretos podiam derivar quer do sal rodoviário, quer dos salpicos de mar.
Estes dados indicaram que a natureza da sujidade sobre os edifícios de granito não é sempre a mesma, mas que pode variar em carácter, de sítio para sítio, provavelmente dependente das incidências locais e do tipo de poluentes atmosféricos.
Não houve indicações de qualquer dano provocado na superfície do granito pelos processos de limpeza química. Não houve evidência de descamação, dissolução ou alteração mineral, a seguir à limpeza, em nenhum dos minerais.
A limpeza pode ser benéfica para a pedra ao implicar a remoção do gesso, o qual se pensa estar implicado na degradação do granito. No entanto, não está claro quais poderão ser as consequências dessa remoção.
Forma medidas as quantidades de iões solúveis presentes no granito antes da limpeza. As quantidades destes iões presentes na pedra e nas argamassas sujas variam, provavelmente, de sítio para sítio.
As quantidades de sulfatos, por exemplo, podem variar muito largamente. Depois da limpeza com o emprego de agentes de limpeza contendo sódio ou flúor, nalguns casos aumentou ligeiramente a quantidade de sódio e de flúor presentes no granito e na argamassa, apesar de os resultados variarem muito largamente de sítio para sítio.