As dobradiças de leme comprido são uma das mais proeminentes formas de ferragem e as suas extremidades eram muitas vezes deliciosamente decoradas de uma maneira vernácula, sendo os desenhos mais comuns as pontas de lança, os caracóis ou corações duplos, e a flor de lis, mas algumas eram mais simples. Muitos exemplos sobreviveram desde o período medieval até hoje.
A maioria das dobradiças de leme comprido mais antigas era fixada por uma dobra de cada dobradiça em redor de um fiel em ferro (uma simples cavilha em forma de L) aplicada na ombreira da porta (a peça ou moldura na qual esta está montada). A dobra era produzida enrolando-se o topo da dobradiça sobre si própria, ou dobrando-a em volta da aresta da porta. A partir do século XVII também passa a ser usada a dobradiça em T nas portas interiores; esta dobradiça é montada na moldura da porta por uma chapa vertical de base, que podia ser um simples rectângulo (desde finais do século XVII em diante), ou que podia ter uma forma mais decorativa (a partir de cerca de 1675). No século XVIII foi usada uma forma muito uniformizada de dobradiça em T, que estreitava até formar um final extremamente fino com um pequeno remate de topo redondo. Apesar deste desenho corrente, elas ainda eram produzidas manualmente e contrastam com as produções muito mais regulares de dobradiças em T fabricadas nos séculos XIX e XX, que têm geralmente um topo redondo simples.
Eram usadas dobradiças mais pequenas nas portas interiores e nas portas de armários. A mais decorativa é a dobradiça “cabeça de galo”, usada no período Isabelino e na primeira metade do século XVII. Aparece uma forma mais simplificada numa casa do Surrey de 1656, e algumas evidências sugerem que este tipo voltou à moda numa forma simplificada a partir do século XVIII. As dobradiças em H são vulgares nos finais do século XVII e no século XVIII; os exemplares do século XVII têm, geralmente, topos decorativos; as mais recentes são, geralmente, simples.
Uma sua variante é a muito vulgar dobradiça em L ou a dobradiça em HL, usada nas portas interiores nos finais do século XVII e no século XVIII. A maioria tem os topos simples, mas algumas têm topos trabalhados. As dobradiças de borboleta são bastante vulgares nos armários pequenos, especialmente a partir de cerca de 1670, até ao século XVIII, mas algumas podem ser mais antigas. Ocasionalmente, quer as dobradiças dos armários quer as grandes
dobradiças das portas combinam uma dobradiça de leme com uma chapa de base que é parecida com metade de uma dobradiça de borboleta.