Apontamentos Diagnóstico da humidade in situ: A abordagem correcta

Diagnóstico da humidade in situ: A abordagem correcta

Quando se desenvolve um problema de humidade, segue-se-lhe frequentemente, um período de  preocupações sobre a origem dessa situação. Por vezes, as respostas são muito óbvias, outras vezes  não. Na verdade, nalguns casos pode-se até chegar aos tribunais.

Neste caso é essencial que se determine se existe um problema real, qual a sua origem e, claro, quem é o responsável. Não se põe sequer a questão de se iniciar uma acção legal se não existir um caso. Assim, todas as opiniões devem ser objectivas no sentido de informarem o Cliente sobre o problema – quer seja um problema dele ou de outra pessoa qualquer!  

Para se obter um diagnóstico verdadeiramente objectivo, são frequentemente pedidos serviços de observação e análises laboratoriais, como partes da investigação.

É essencial que tais serviços sejam executados completa e objectivamente. O fornecimento de dados errados, ou mais exactamente, o fornecimento de insuficientes dados correctos, poderiam conduzir a uma disputa inútil com as despesas que lhe estariam associadas.

As investigações in situ sobre humidades exigem diversas avaliações:  

  • Apreciação do risco de condensações (muito importante durante os meses mais frios), e também da produção geral de humidade em comparação com a ventilação (diferenciais de pressões de vapor).  
  • Quando se suspeita de humidades ascendentes ou penetrantes, são necessários perfis completos de humidade/ sais. Isto envolve a recolha de diversas séries verticais de amostras na alvenaria (5 a 8 amostras por série) para a avaliação dos conteúdos em humidade total, livre e seca (higroscópica) dos materiais.  
  • Quando se põe a questão de também terem sido refeitos os rebocos, é vulgarmente pedida uma análise do reboco novo – esta deve ser feita de acordo com o British Standard e ser baseada no conteúdo mínimo de cálcio e de sílica, para determinação da composição da mistura. Pode ser pedida uma granulometria da areia conforme o British Standard, se essa areia for distintamente especificada como componente da mistura.  
  • Se for suspeitado que os materiais à base de cimento podem ser atacados por sulfatos, por ter sido eventualmente adicionado gesso na mistura, também pode ser pedida a  determinação dos sulfatos. É essencial que seja relacionado o conteúdo em sulfatos com o conteúdo em cimento – é necessário que se conheça a proporção de “sulfatos combinados” da mistura. Aqui, também, existem métodos British Standard para esta análise.  
  • Temos que usar os nossos olhos e o nosso senso comum! 
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É bastante evidente que onde forem feitas avaliações adequadas, isso pode tornar-se  dispendioso, mas é essencial compreender-se que se os dados não estiverem completos ou informados por métodos indiscutíveis, a objectividade da investigação pode ficar comprometida ou ainda pior – estar errada!  

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