Os emplastros de argila, tradicionalmente de sepiolite ou de atapulgite, com partículas finas de diferentes dimensões numa gama de 50 mm, têm sido a escolha habitual para a dessalinização das alvenarias históricas atacadas pela degradação relacionada com os sais solúveis.
A profundidade e o grau da contaminação com sais devem ser compreendidos na preparação da operação, por perfuração da alvenaria para a obtenção de amostras a diferentes profundidades, destinadas a análise dos tipos de sais presentes e do seu teor.
Deve ser efectuada uma pré lavagem com a água suficiente até se atingir e mobilizar os sais no coração da alvenaria, dependendo da profundidade da contaminação.
A argila tem que ser aplicada com uma rede de arame ou com outro meio de reforço.
Este procedimento deve ser repetido até que o teor de sais fique substancialmente reduzido.
É um procedimento que envolve tempos prolongados e períodos de meses, nunca de semanas, os quais devem ser previstos para uma profunda e alargada dessalinização de paredes em alvenaria.
Deve-se ter em atenção que os pós de argila seca são substâncias potencialmente perigosas, e devem ser adoptados meios de protecção pessoal adequados, principalmente para se evitar a inalação das suas finas partículas.
A dessalinização de esculturas e de pormenores arquitectónicos numa escala muito menor, é usada para a remoção de sais a partir de superfícies porosas vulneráveis.
Em certos casos, por exemplo, quando a superfície tem poros abertos ou está gravemente degradada (frequentemente o caso da escultura em pedra calcária ou em arenito), a argila pode ser inadequada, podendo ser preferíveis as fibras de papel ou de algodão, que são mais fáceis de remover.
As decisões respeitantes à limpeza e ao tratamento da escultura devem pertencer a um conservador apropriadamente qualificado e experiente.