Antes de se encarar o método mais apropriado para se reparar uma alvenaria de tijolo, é vital que se faça um correcto diagnóstico da causa da ruína.
Os defeitos de fabricação no tijolo podem ser o resultado de cozedura insuficiente ou de impurezas na argila usada.
Estes tijolos degradam-se mais rapidamente do que os tijolos melhor cozidos, especialmente sob a acção do gelo. Eles também podem funcionar como pontos de entrada para a humidade, a qual, por sua vez, vai afectar a globalidade da parede, deixando-a pronta para os danos consequentes da acção do gelo e dos agentes químicos.
Os muros isolados, os parapeitos e os muros de sustentação são particularmente vulneráveis, pelo que podem ser necessárias algumas substituições judiciosas.
Uma pormenorização pobre também pode contribuir para a ruína através de defeitos de construção, tais como:
1. Madeiras de ligação degradadas, barrotes, lintéis de madeira, suportes e cachorros que foram embebidos ou amaciçados na alvenaria.
2. A expansão da ferrugem nos membros estruturais em ferro e em aço corroídos, nos ligadores de parede ou nos reforços embebidos na alvenaria de tijolo.
3. Ruína de arcos e lintéis consequente de suportes ou apoios inadequados.
4. Ligação pobre ou inadequada, ou mesmo a inexistência de travamento na alvenaria de tijolo.
Isto pode ser consequente de um hábito dos séculos XVIII e XIX de se usarem meios tijolos no lugar dos tijolos atravessados, conduzindo à construção de duas paredes paralelas em vez de uma massa única. Em alternativa, a a ruína pode suceder nas ligações entre paredes, especialmente quando as paredes de fachada e de tardós estão insuficientemente ligadas às paredes transversais.
5. Os ‘trabalhos em consola’ (alvenaria balanceada) e as paredes de sustentação são especialmente atingidas por insuficiente travamento às paredes principais. Elas também são susceptíveis à penetração da água consequente da inadequação ou inexistência de um capeamento de protecção.
6. O ataque pelos sulfatos ocorre quando a água está na presença de argamassas à base decimento, produzindo uma expansão lenta e constante de cristais de sulfato dentro da argamassa ou dos tijolos, conforme a água vai evaporando.
Esta defeito é particularmente vulgar nas fugas de chaminés, onde os sulfatos foram introduzidos pela queima de combustíveis fósseis ricos em enxofre.
Quando as chaminés foram projectadas sem resguardos, permitindo que a água escorra pela fuga, pode aparecer humidade no corpo da lareira com um possível problema consequente de sais. Isto pode acontecer especialmente quando o ar é húmido, ou quando a lareira foi selada sem ficar com uma ventilação adequada.
7. Capeamentos de parapeitos mal desenhados desprovidos de camada impermeável, projecções inadequadas e técnicas de juntas pobres, que encorajam a penetração da humidade.