Entre os três processos básicos para a formação acelerada de patina, um usa uma solução de sulfato e dois utilizam sais de cloreto. As suas formulas são as seguintes:
1. Sulfato de Amónio
por litro por galão
Sulfato de amónio 111 gramas 15,0 onça
Sulfato de cobre 3,5 gramas 0,5 onça
Amónia concentrada 1,6 ml 0,2 onça líq.
Água da torneira 1,0 litro 1,0 galão
As quantidades necessárias para 1.000 pés quadrados de superfície de telhado, são:
Sulfato de amónio 6 libras
Sulfato de cobre 3 onças
Amónia concentrada 1,3 onças líquidas
Água da torneira 6,5 galões
Solução total 7.25 galões
O sulfato de amónio deve ser de “concentração técnica”. Pode ser usada a concentração agrícola se a solução for filtrada para se eliminarem impurezas.
O sulfato de cobre é geralmente conhecido como vitríolo azul. A amónia concentrada deve ter uma densidade de 0,900. uma onça líquida de amónia concentrada contém 0,936 onças de peso de amónia.
Preparação da solução – A solução deve ser preparada num recipiente plástico resistente à corrosão. Os barris e alguidares de madeira também são satisfatórios se todas as partes metálicas
expostas forem cobertas.
Primeiro dissolve-se o sulfato de amónio em água. Quando estiver completamente dissolvido, acrescenta-se o sulfato de cobre. Esta operação consegue-se melhor pela remoção de alguns galões da solução de sulfato de amónio e dissolvendo-se nestes tanto sulfato de cobre quanto for possível.
A seguir verte-se esta mistura na solução original e retira-se mais uma porção, repetindo-se a operação até que tenha sido dissolvido todo o sulfato de cobre.
A seguir acrescenta-se a amónia concentrada lentamente, ao mesmo tempo que se agita constantemente a mistura. É importante que a quantidade de amónia seja exacta, já que deve ser mantida a dosagem entre a água e a amónia.
Método de aplicação – A solução deve ser aplicada por aspersão. Um asperspr satisfatório consiste num depósito pulverizador de jardinagem, em plástico ou chapa galvanizada, interiormente revestido com uma tinta betuminosa.
A aspersão deve ser executada rapidamente, com um jacto fino. Devem-se evitar grandes pingos, que tendem a escorrer juntos, provocando riscas. É preferível aplicar-se pouca solução de cada vez, do que demasiada.
Deixa-se a solução secar após a primeira pulverização (cerca de 10 a 15 minutos num dia quente, seco e soalhiero, ou mais tempo num dia frio e encoberto). Devem-se repetir cinco ou seis aspersões e secagens.
A cor não surge imediatamente. Quando a aspersão estiver acabada, a superfície do cobre parece estar coberta com um revestimento “vidrado” de certa forma semelhante a uma camada espessa e escura de verniz.
O desenvolvimento da cor depende de condições climatéricas favoráveis. Se chover durante as seis a oito horas seguintes, parte da solução pode ser lavada antes que tenha tido a oportunidade de actuar sobre o cobre.
As condições climatérica ideais a seguir a este tratamento são um dia entre moderadamente a pesadamante orvalhado, com uma ligeira humidade ou nevoeiro, ou outras condições com humidade atmosférica suficiente para se atingir uma hmidade relativa de 80% ou mais.
A humidade atmosférica combina-se com a solução depositada para reagir quimicamente com o cobre, resultando na desejada patina azul esverdeada. A camada colorida deve atingir uma espessura satisfatória, se a acção continuar sem ser perturbada pelo menos durante seis horas.
Quando isso acontecer, a próxima chuva que caia lava o depósito restante e faz realçar o azul esverdeado da patina. A princípio a cor será mais azulada que a da patina natural, mas irá envelhecendo para a cor natural; a demora depende das condições climatéricas.
2. Cloreto de Amónio (sal amoníaco)
Dissolver suficientes cristais de cloreto de amónio (sal amoníaco comercial) em água, para formar uma solução saturada, ou seja, até que não se dissolva mais nenhum.
Aplicar à trincha ou por aspersão numa superfície de cobre cuidadosamente limpa. Podem ser necessárias diversas aplicações.
Esta fórmula foi recomendada por Frank Lloyd Wright. Wright especificou que a solução deveria ser misturada 24 horas antes de ser usada. Eram feitas duas aplicações com um intervalo de 48 horas entre si. 24 horas após a última aplicação, o cobre era aspergido com uma nebulização de água fria.
Wright enfatizou o facto de ser necessário tempo seco durante todo o período de tratamento.
Apesar de este método de coloração ter sido usado com aparente sucesso na Prince Tower em Bartlesville, Oklahoma, falhou o seu desempenho num telhado em cobre de uma moradia em Dallas, Texas. Após cinco anos, a patina azul esverdeada que se tinha desenvolvido inicialmente, desapareceu completamente, deixando o cobre com uma cor castanha avermelhada clara.
A solução de cloreto de amónio tende a gizar e descamar se for muito pesadamente aplicada, e também é susceptível de se dissipar sob chuva forte. Ambos estes factores podem ter contribuído para o insucesso referido.
3. Ácido Hidroclorídrico
Dissolver os seguintes produtos numa pequena quantidade de água quente:
por litro por galão
Cloreto de cobre 164 gramas 22 onças
Ácido hidroclorídrico 117 ml 15 onças líq.
Ácido acético glacial 69 ml 9 onças líq.
Cloreto de amónio 80 gramas 10,5 onças
Tri óxido arsénico 11 gramas 1,5 onças
Depois de dissolvidas, diluir em água à razão de 1 litro ou 1 galão.
Aplicar por aspersão, escovagem ou salpico. Guardar em embalagens não metálicas; não usar nunca embalagens de alumínio.
Nota: Envergar equipamento e roupa protectora apropriada. A solução é ácida e tóxica.
Pode ser aplicada sobre cobre brilhante ou envelhecido. Se possível, a cor desejada deve ser conseguida apenas com uma só aplicação. Reaplicação – particularmente sob a luz solar directa – pode causar uma reacção entre a solução e os sais inicialmente depositados, produzindo uma película fina, dura, incolor de aparência similar ao verniz.
Manutenção
Não é necessária qualquer manutenção para uma patina natural existente ou para uma que esteja em processo de formação.
Se for pretendida um acabamento estatuário natural sobre cobre, o envelhecimento pelo tempo pode ser travado no ponto desejado pela aplicação de um óleo adequado, por ex. óleo de linhaça ou óleo de limão.
Conforme as condições climatéricas prevalecentes e conforme o grau de exposição, a frequência da aplicação do óleo pode ser de intervalos da ordem entre um a três anos.
Há casos em que está registado que a aplicação inicial de óleo em duas finas camadas preservou o acabamento estatuário durante mais que dez anos.
O cobre e as suas ligas são fabricados com elementos naturais puros pelo que se harmonizam com outros elementos naturais com quais as pessoas sentem uma afinidade instintiva.
O facto de alterarem a sua cor quando expostos ao tempo proporciona-lhes, e aos edifícios que adornam, uma classificação extra de vida e de carácter como materiais de construção de primeira categoria.
O cobre, o latão e o bronze são resistentes à destruição por corrosão. A patina que se forma naturalmente é, de facto, uma película protectora.
Os metais de cobre são leves, fáceis de trabalhar, simples d ligar, atraentes e extremamente duráveis. O que lhes destinou durante séculos o seu emprego em telhados, faixas, caleiras, tubos de queda, remates, fachadas de loja, grelhagens, gradeamentos e outras aplicações arquitectónicas de diversas naturezas.