Quimicamente, é constituída por protóxido de cálcio (CaO), derivado da calcinação de calcários puros formados apenas por carbonato de cálcio (mármore branco, alabastro, etc.) com menos de 10% de materiais estranhos tais como o manganês, as argilas e outros.
As cales aéreas podem ser gordas, magras e fortes segundo a variação dos materiais componentes; no caso da cal gorda, por exemplo, a percentagem de materiais estranhos é inferior a 5% do volume total.
A cal gorda é um produto cáustico, que não deve ser tocado nem posto em contacto com a pele.
Um processo geralmente lento de cosedura em forno, transforma o material de base, libertando o anidrido carbónico contido; quando tal processo não fica completo, este torna heterogéneo o produto, alterando-lhe as características de presa.
Degradações do material, tais como quedas, eflorescências e destaques, são devidos, de facto, à utilização em obra de cales não completamente cozidas.
Superada a cozedura, a cal anidra, ou cal viva, é muito ávida de água; se for emersa emana calor até aos 300 graus, sofre uma abundante ebulição e aumenta de volume em cera de 2 a 3 vezes.
A cal aérea pode ser comprada no mercado sob duas formas, ambas derivadas do processo de hidratação do material de base; se a administração de água for gradual e contida, obtém-se um produto em pó chamado de cal hidratada, se a hidratação for maior obtém-se a cal em pasta.