A idade média, também conhecida por idade das trevas, é marcada pelo recuo do conhecimento científico na Europa. Isto deveu-se à influência e predominância das explicações religiosas sobre as explicações científicas, de tal modo que as respostas às questões colocadas pelos estudiosos deixaram de ser dadas pela ciência e passaram a ser dadas pela bíblia.
Embora na idade média o conhecimento geográfico tenha conhecido uma relativa estagnação na Europa ocidental, confinado ao domínio eclesiástico, foram produzidos os mapas OT (orbis terrarum).
O povo árabe adoptou os conhecimentos greco-romanos e aperfeiçoou-os, traduzindo do grego a obra de Ptolemeu. Destacam-se também os viajantes árabes Al-Idrisi e Ibn-Batutha que contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento geográfico e da cartografia.
O desenvolvimento da navegação marítima conduziu ao abandono da cartografia religiosa e ao regresso à cartografia, real e utilitária. Surgiram, então, os mapas portulanos, que introduziram a rosa-dos-ventos, onde se procurava assinalar com exactidão os acidentes geográficos, como, por exemplo, cabos, baias e rios.