A cordilheira Himalaia consiste de três cadeias paralelas, que do sul para o norte, são o sub-Himalaia, os Pequenos Himalaias e os Grandes Himalaias. As montanhas começaram a se formar por dobras há 40 milhões de anos, quando o subcontinente indiano se projectou em direcção ao norte contra a principal massa terrestre asiática.
Formação
Os Himalaias estão entre as formações montanhosas mais jovens do planeta. De acordo com a moderna teoria das placas tectónicas, sua formação é resultado de uma colisão continental, ou então, pelo processo de orogenia (isto é, processo de formação de montanhas) entre os limites convergentes entre as placas Indo-australiana e da Eurásia.
Glaciares e bacias hidrográficas
Um grande número de glaciares é encontrado nos limites dos Himalaias. Entre eles encontra-se o glaciar de Siachen, o maior no mundo fora da região polar. Outros glaciares famosos incluem o Gangotri e Yamunotri no estado de Uttarakhand (Índia); Nubra, Biafo e Baltoro na região de Caracórum; o Zemu no estado de Sikkim (Índia); e o Khumbu na região do monte Everest.
As altas altitudes dos Himalaias são cobertas por neve durante todo o ano, apesar de sua proximidade aos trópicos; e origina as fontes de vários rios perenes que na sua maioria associam-se a uma das duas bacias:
- Os rios do oeste associam-se a bacia do rio Indo;
- A maioria dos rios restantes drenam para a bacia do Ganges-Bramaputra;
- Lago Gurudogman, em Sikkim.
Impacto no clima
Constituem uma barreira para os ventos sazonais das monções, impedindo-os de seguir para norte, e provocando fortes chuvas na região do Terai. Os Himalaias desempenham um papel importante na formação dos desertos da Ásia Central, como o Taklamakan e o deserto de Gobi.
Ecologia
A flora e fauna dos Himalaias varia com o clima, índices pluviométricos, altitude e tipo de solo, gerando assim diferentes comunidades ou escorregões.
Florestas de planície
Uma vegetação exuberante se distribui, de oeste para leste, variando conforme a intensidade das chuvas.
Uma vegetação xerófila ocupa as planícies do Indo no Paquistão e no Punjab (Índia). Mais a leste uma floresta decídua húmida se estende pelos estados indianos de Uttar Pradesh, Bihar e Bengal Ocidental, seguindo o curso do Ganges.
Cinturão do Terai
O Terai possui um mosaico de vegetação, incluindo pastagens, savanas, florestas húmidas e de folha caduca. Entre a fauna, merecem destaque, o rinoceronte-indiano (Rhinoceros unicornis) e o porco (Sus salvanius). Tigres, elefantes, leopardos, ursos e cervos também fazem parte da fauna local. As gramíneas dessa região estão entre as mais altas do mundo, merecendo destaque o capim-kans (Saccharum spontaneum) e a capim-baruwa (Saccharum beghalensis).
Cinturão de Bhabhar
No oeste dessa região localiza-se uma floresta de pinheiros, onde o pinheiro-azul ou pinheiro-branco-do-Butão (Pinus roxburghii) é a principal espécie; já a região central é denominada por florestas de folhas-largas.
Colinas Siwalik
Uma vegetação arbustiva.
Região central
Em sua área central está coberta por florestas de folha caduca, e na parte superior por coníferas.
Região de arbustos e pastagens alpinas
Encontra-se acima da linha das árvores, ou seja, nesse ponto em diante não são mais encontradas árvores, e predomina vegetação arbustiva e pastagens alpinas. Entre os mamíferos encontram-se o leopardo-das-neves (Uncia uncia), o carneiro-azul (Pseudois nayaur), o tar (Hemitragus jemlahicus), o takin (Budorcas taxicolor), o goral-himalaio (Nemorhaedus baileyi) e a marmota-Himalaia (Marmota himalayana).
Geografia
A superfície dos Alpes é de cerca de 190 959 km2, dividida entre Áustria (28,5%), Itália (27,2%), França (20,7%), Suíça (14%), Alemanha (5,6%), Eslovénia (4%) e os dois microestados de Liechtenstein e Mónaco. Sem contar o Liechtenstein e o Mónaco, os países ordenados pela percentagem do seu território no arco alpino são a Áustria (65,5% do seu território), a Suíça (65%), a Eslovénia (38%), a Itália (17,3%), a França (7,3%) e a Alemanha (3%).
Divisões
Os Alpes costumavam ser divididos em Alpes Ocidentais, Alpes Centrais e Alpes Orientais, uma classificação que tende a ficar obsoleta de acordo com a proposta SOIUSA.
Os Alpes Ocidentais são mais elevados, mas sua cordilheira central é mais curta e curvada; localizam-se na Itália, França, Mónaco e Suíça, indo do mar Mediterrâneo ao maciço do Monte Branco.
Os Alpes Centrais estendem-se do Vale de Aosta ao Brennero) e os Alpes Orientais do Brennero à Eslovénia).
Os Alpes Orientais, com um cerne mais alongado e largo, pertencem à Áustria, Alemanha, Itália, Liechtenstein, Eslovénia e Suíça. É em razão desta sua configuração em arco que se fala correntemente do arco alpino.
Divisão tradicional
Esta divisão tradicional, de 1926, reconhece os Alpes Ocidentais, Alpes Centrais e Alpes Orientais, basea-se na divisão geológica mas não é consensual como a SOIUSA, pois cada país classificava os Alpes à sua maneira, mas de uma forma geral eram divididos em:
Alpes Ocidentais
- Alpes Ocidentais (da Ligúria ao Vale de Aosta);
- Alpes Lígures (Marguareis, 2651 m);
- Alpes Marítimos (Argentera, 3297 m);
- Alpes Cócios (Monviso, 3841 m);
- Alpes Graios (Monte Branco, 4810 m);
- Alpes da Provença (Trois-Évêchés, 2927 m);
- Alpes do Delfinado (Barre des Écrins, 4103 m);
- Pré-Alpes da Provença (Sainte-Baume, 1154 m);
- Pré-Alpes do Delfinado (Grande Tête de l’Obiou, 2790 m);
- Pré-Alpes da Saboia (Dents du Midi, 3257 m).
Alpes Centrais
- Alpes Centrais (do Vale de Aosta ao Brennero);
- Alpes Peninos (Monte Rosa, 4634 m e Cervino, 4476 m);
- Pré-Alpes Bieleses (Maciço do Bo, 2556 m);
- Alpes Lepontinos (Monte Leone, 3552 m);
- Alpes Réticos (Piz Bernina, 4050 m);
- Alpes do Vale Venosta;
- Grupo do Ortles;
- Montes Sarentinos;
- Anaunia;
- Grupo do Adamello;
- Dolomitas do Brenta (Cima Tosa, 3159 m);
- Alpes Berneses (Finsteraarhorn, 4274 m);
- Alpes de Glarona;
- Pré-Alpes Suíços;
- Pré-Alpes Bávaros;
- Pré-Alpes Lombardos;
- Pré-Alpes Oróbios;
- Giudicarie;
- Grupo do Baldo.
Alpes Orientais
- Alpes Orientais (do Brennero à Eslovênia);
- Alpes Nóricos (Grossglockner, 3797 m);
- Os Altos Tauros;
- Os Baixos Tauros;
- Pré-Alpes da Estíria;
- Alpes Julianos (Triglav, 2769 m);
- Alpes Julianos Ocidentais (Jof di Montasio, 2753 m);
- Alpes Julianos Orientais;
- Caravanche-Bacher/Pohorje (Grintavec, 2258 m);
- Alpes Cárnicos (Monte Coglians, 2780 m)
- Dolomitas;
- Alpes de Gardena e Fassa;
- Grupo da Marmolada (Marmolada, 3342 m);
- Alpes Ampezzanos e Cadorinos;
- Alpes do Valsugana e de Primeiro;
- Pré-Alpes Vêneto;
- Carso;
- Pré-Alpes de Salzburgo;
- Pré-Alpes Austríacos.
Divisão SOIUSA
A divisão proposta pela SOIUSA também divide os Alpes em ocidentais e orientais, mas é dentro destas duas partes que as classificações, descrições e agrupamentos diferem da Divisão tradicional. A SOIUSA divide as suas duas partes dos Alpes, a Ocidentais e a Oriental, em 32 Secções alpinas:
Alpes Ocidentais
- Alpes Ocidentais-Norte;
- Alpes Ocidentais-Sul;
- Alpes Orientais;
- Alpes Orientais-Norte;
- Alpes Orientais-Centro;
- Alpes Orientais-Sul.
População
A população residentes no conjunto do arco alpino era de 12 295 000 habitantes em 2001, dos quais 30,1 % na Itália, 23,9 % na Áustria, 18 % em França, 12,8 % na Suíça, 10,1 % na Alemanha, 4,7 % na Eslovénia e 0,2 % no Liechtenstein e no Mónaco.
As duas maiores cidades no maciço são Grenoble (França), cuja área urbana tem mais de 500 000 habitantes, e Innsbruck (Áustria, 125 000 habitantes), duas cidades que são consideradas, para franceses e austríacos, “capital dos Alpes”.
Clima
A barreira das montanhas faz com que os ventos levem o ar quente das regiões mais baixas até uma zona mais elevada, onde ele se expande em volume e perde calor, um fenómeno usualmente acompanhado de precipitação na forma de neve ou chuva.
Características do Clima dos Alpes:
- A humidade relativa do ar é bem elevada no lado em que bate o vento;
- Há presença de gelo durante o ano todo.
Geologia
Os Alpes foram levantados devido à pressão exercida sobre sedimentos da bacia do mar de Titis, à medida que os seus estratos mesozóicos e cenozóico foram empurrados de encontro à estável massa euro-asiática pela massa africana, que se movia na direcção norte. Isto ocorreu durante as épocas oligocena e miocena. A pressão formou grandes dobras, chamadas “nappes”, que subiram do que era o mar de Titis e pressionaram na direcção norte, com frequência partindo-se e deslizando umas sobre as outras. O monte Branco, o Matterhorn e os picos elevados dos Alpes Peninos e Hohe Tauern são formados por rochas cristalinas.
Turismo
Os Alpes são populares tanto no verão como no inverno, como um destino para passeios e exportes, como (esqui alpino, esqui nórdico, snowboard, tobogã, passeios de esqui) podem ser praticados na maior parte da região, de Dezembro a Abril.
No verão, os Alpes são populares para a prática de caminhada, ciclismo de montanha, parapente e alpinismo, enquanto muitos lagos alpinos atraem nadadores, velejadores e surfistas. Os Alpes recebem muita repercussão quando ocorre a corrida de bicicletas que dura três semanas, o Tour de France, e que acontece anualmente em Julho. As regiões mais baixas e as maiores cidades dos Alpes são bem servidas por auto-estradas e ruas largas, mas os passos de montanha podem ser traiçoeiros, mesmo no verão.
Flora
O limite de altitude da vegetação natural é marcado pela presença das principais árvores de folha caduca – carvalho, faia, freixo e bordo sicómoro (Acer pseudoplatanus).
Fauna
Existem diversas espécies de mamíferos alpinos, dentre elas estão felinos, caprinos, cervídeos, bovídeos, roedores, lagomorfos, suínos e caninos.
Os Alpes abrigam herbívoros como a camurça, o cabrito-montês, o bisão-europeu, o javali, cervos, veados, esquilos e lebres e predadores como os linces, lobo e gatos-selvagens. Boa parte dessas espécies vivem nas montanhas dos Alpes, entretanto algumas possuem tocas na montanhas, outras são mais raras de ser encontradas como burros.